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Unicamp: Tarde - Curso Etapa

Tarde - Curso Etapa

Tarde - Curso Etapa

Autor: Olavo Bilac

Movimento literário: Parnasianismo

Autor: Olavo Bilac (1865-1918), jornalista, contista, cronista e poeta nascido no Rio de Janeiro.

Movimento Literário: Parnasianismo

Tarde (1919): publicado poucos meses após a morte do autor, o volume reúne 98 sonetos que vinham sendo trabalhados e organizados por Bilac desde ao menos 1906. Há muito o poeta não lançava um livro de versos. Alternando sonetos decassílabos e alexandrinos, predomina na obra, tal qual prenuncia o título, a temática crepuscular, outonal. Boa parte dos poemas trata do fim da vida, da passagem do tempo, da chegada da morte, da resignação diante da finitude. Há, portanto, um tom claramente melancólico. O caráter meditativo, predominante em boa parte da obra, produziria em certos momentos, para alguns estudiosos do autor, aproximações com o Simbolismo. Entretanto, para outros especialistas, estas marcas são apenas decorrências do tom reflexivo do livro e de desdobramentos retóricos de temas já recorrentes na tradição clássica. Por outro lado, há também no livro diversos poemas de acentuada coloração parnasiana. 

Temas principais:  O envelhecimento, a passagem do tempo, a resignação frente à certeza do fim da vida; a defesa de valores cristãos; a vida associada às fases do ano; o amor à pátria e à língua;  a valorização da tradição clássica e dos grandes artistas; a compreensão da pequenez do homem diante do universo.

Aspectos formais: O livro é composto por 98 sonetos decassílabos ou alexandrinos (doze sílabas poéticas) nos quais predomina a linguagem clara, objetiva, algumas vezes com acentuada escolha vocabular.

Principais poemas: Hino à tarde”; Ciclo; Língua portuguesa; Música brasileira; O crepúsculo dos deuses; Dualismo; A um poeta; Vila Rica; Um beijo; Diamante Negro; O cometa; Os sinos.

Importância da obra: Olavo Bilac é um dos principais poetas da língua portuguesa. É tido como um dos nossos maiores sonetistas de todos os tempos. Devido à forte campanha empreitada pelos modernistas de 1922 contra o Parnasianismo, sua obra passou por acentuado processo de ostracismo. A leitura de seus poemas antológicos, que muitos sabem de cor, não é suficiente para se compreender a dimensão de sua poética – que transcende, em muito, a filiação parnasiana. Em Tarde reafirma-se a qualidade criativa que fez de Bilac o “Príncipe dos poetas brasileiros”. O livro também aponta outras dimensões temáticas da produção do autor, o que contribuirá para desconstruir este preconceito.