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Unicamp: Alice No País Das Maravilhas
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Autor: Lewis Carroll
Movimento literário: Literatura Inglesa
Sobre o autor: Lewis Carroll, que na verdade era o pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson, destacou-se como professor de matemática na Universidade de Oxford e como autor de várias obras voltadas para o público infantil e juvenil, incluindo narrativas e poemas.
Movimento Literário: Literatura inglesa.
Estilo: Linguagem complexa, carregada de elementos simbólicos que, muitas vezes, beiram o absurdo (nonsense). Trocadilhos, associações semânticas, polissemia e ambiguidades.
Estrutura: O livro apresenta um narrador em terceira pessoa onisciente, que se mostra simpático à personagem principal, Alice. São doze capítulos narrativos que não apresentam um conflito nuclear, mas que retratam o desenvolvimento e o amadurecimento de Alice ao longo da história. A estrutura do sonho é composta por: início e final apresentando Alice no mundo real; meio com Alice vivendo um sonho, o País das Maravilhas - caracterizado pela presença de fatos incomuns e fantásticos, e povoado pela loucura.
Personagens:
- Alice: a protagonista da história, que busca amadurecimento pessoal.
- Coelho Branco: personagem que desperta a curiosidade de Alice e a leva ao País das Maravilhas ao fazê-la cair na toca.
- Lagarta: figura enigmática que desafia Alice a se definir e ensina a menina a controlar seu tamanho, incentivando seu amadurecimento.
- Duquesa: personagem poderosa, que vive um descompasso entre essência e aparência.
- Gato: personagem misterioso que informa a Alice que o mundo em que ela está é louco e sem lógica.
- Chapeleiro Maluco: exemplo clássico de personagem louco, o qual afirma que o Tempo é uma pessoa e que parou de correr. Ele também é testemunha no processo das tortas e desperta o senso de justiça de Alice.
- Rainha de Copas: personagem colérica e autoritária, que simboliza o poder exercido de forma cruel, mas que, ao mesmo tempo, é ridícula, já que suas ordens frequentemente não são cumpridas.
- Falsa Tartaruga e Grifo: personagens que apresentam os vícios e os problemas da educação no período.
Importância da obra: A narrativa de Alice é o exemplo da evolução de um indivíduo, que aprende a se adequar socialmente e a interagir com os outros. O controle do tamanho é o primeiro passo nesse processo de adequação, permitindo que as relações sociais de Alice se intensifiquem e a obriguem a conviver harmonicamente com os demais. A partir daí, ela pode aprender lidar com o poder e a autoridade, bem como discutir questões complexas, como os erros do modelo educacional. Por fim, Alice aprende a agir com justiça, combatendo a injustiça que afeta os outros. A história de Alice apresenta associações semânticas ricas e símbolos plurais, oferecendo múltiplas possibilidades de leitura. Seu impacto no imaginário popular se estendeu ao longo do século XIX e XX, com muitas traduções e adaptações cinematográficas sendo produzidas.