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Fuvest: Memórias de Martha

Memórias de Martha

Memórias de Martha

Autor: Júlia Lopes de Almeida

Movimento literário: Realismo

Autora: Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) nasceu no Rio de Janeiro e, ainda na infância, mudou-se para Campinas, onde publicou seus primeiros textos em um jornal local. Cinco anos depois, foi viver em Lisboa (Portugal), onde lançou seu primeiro livro (Contos Infantis), em 1887, em parceria com a irmã, Adelina Lopes Vieira.

Pioneira na literatura infantil, retornou ao Brasil em 1888, onde publicou seu primeiro romance (Memórias de Martha), que saiu em folhetins da época. Ela também escreveu textos jornalísticos e teatrais e foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras. A autora morreu em 1934, na cidade do Rio de Janeiro, por complicações de febre amarela.

 

Movimento literário: Realismo

 

Estilo: romance memorialista e de formação, cuja narrativa explora a análise psicológica e a composição de um cenário ágil. O texto traz linguagem clara, direta e acessível, seguindo a norma culta da língua portuguesa.

 

Memórias de Martha (1899)

Resumo: Martha, narradora em primeira pessoa, rememora sua vida desde os cinco até os vinte e quatro anos de idade, passando por diversos episódios de dificuldade e superação. Moradora de um cortiço e filha de uma passadeira, a protagonista sofre humilhações sistemáticas de pessoas de seu círculo social e precisa lidar com a rejeição e a falta de perspectiva de vida.

Graças a sua dedicação, ela supera diversos desafios, consegue se tornar professora concursada e se casa com um homem por quem não nutre amor, mas que foi escolhido pela mãe.

 

Tempo: Século XIX, Segundo Reinado no Brasil.

 

Importância da obra: A obra retrata a realidade social da mulher em fins do século XIX com poucas possibilidades de autossustento e dependente da figura do marido, como fica evidente para a mãe da protagonista. O retrato da miséria tem destaque no texto, quando a narradora recorda episódios grotescos, violentos e degradantes que sofreu quando viveu no cortiço. Os traumas psicológicos constroem uma personagem insegura e depressiva, incapaz de se sentir integrada e feliz.