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Fuvest: Nebulosas

Nebulosas

Nebulosas

Autor: Narcisa Amália

Movimento literário: Romantismo brasileiro

Autora: Narcisa Amália (1852-1924) nasceu em São João da Barra (Rio de Janeiro) e se mudou para Resende com a família, o pai e poeta Jácome de Campos e a mãe e professora Narcisa Inácia de Campos. Estudou latim, francês e retórica e iniciou a carreira como tradutora de contos e ensaios franceses. Foi uma das primeiras mulheres a trabalhar como jornalista profissional no Brasil.

Seu único livro (Nebulosas) foi publicado em 1872 e foi muito bem recebido na época. Em 1889, mudou-se para São Cristóvão (Rio de Janeiro), deixou a atividade literária em segundo plano e passou a lecionar em escola pública. Faleceu em 1924, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, em consequência de diabetes.

 

Movimento literário: Romantismo brasileiro

 

Estilo: coletânea eclética, composta por 44 poemas, com variedade de formas e de medidas de versos. Dividido em três partes, o livro é aberto com o longo poema que dá título à coletânea e se encerra com a tradução de um poema do escritor francês Victor Hugo, contemporâneo de Narcisa.

 

Nebulosas (1872)

Resumo: Na primeira parte do livro, a escritora faz um forte mergulho introspectivo, dotado de intensa carga imagética e metafórica, em que convida o leitor à contemplação do indizível, do místico e do transcendental.

Na segunda parte, os poemas tematizam a solidão, a melancolia e a ausência, com ênfase na evasão romântica, tanto pelo devaneio quanto pela prática do fazer poético. Ainda nessa parte do livro, um segundo bloco de poemas se distingue do primeiro, dando destaque à temática social, com temas como abolicionismo, crítica à monarquia e defesa da república, além do tom feminista – uma das marcas centrais da poética de Narcisa.

Na parte final do livro, composta por 16 poemas, a escritora intensifica a temática social e traz algumas homenagens a contemporâneos dela, como o escritor Castro Alves e o compositor Carlos Gomes. A coletânea se encerra com a tradução de um poema de Victor Hugo, também seu contemporâneo.

 

Tempo: 1872, Segundo Reinado no Brasil.

 

Importância da obra: esquecida pelo tempo, a obra entra novamente em contato com o leitor, e, só por isso, já é muito bem-vinda. Além disso, o livro traz a oportunidade de reflexão sobre o preconceito de gênero, tema, aliás, recorrente na atuação jornalística de Narcisa.