Fuvest: A Visão das Plantas

Autora: Djaimilia Pereira de Almeida (1982) nasceu em Luanda (Angola) e cresceu em Lisboa (Portugal). Licenciada em Estudos Portugueses pela Universidade Nova de Lisboa, é mestre pelo Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra e doutora em Teoria da Literatura pelo Programa em Teoria da Literatura da Universidade de Lisboa.

Lançou seu primeiro romance em 2015 (Esse Cabelo) e é uma das principais representantes da literatura que aborda questões de raça, gênero e identidade. Djaimilia é professora da New York University.

Movimento literário: Pós-modernismo (romance angolano/português contemporâneo)

Estilo: Introspectivo e poético, o romance combina uma linguagem lírica com reflexões filosóficas, e cria uma atmosfera de contemplação, com foco no conflito interno do protagonista e suas tentativas de redenção.

A visão das plantas (2019)

Resumo: O enredo aborda a vida e a consciência de Celestino, um velho pirata, traficante de escravizados, cruel e assassino, que se encontra nos últimos dias de vida. A ideia central do livro gira em torno da reflexão sobre a vida, a morte e a redenção, por meio da perspectiva de um homem que está em contato íntimo com a natureza, por meio da construção e da manutenção de um jardim, enquanto se depara com a inevitável finitude.

Tempo: A obra se desdobra ao longo de várias décadas, possivelmente entre meados do século XIX e início do XX. No entanto, a trama enfatiza os últimos anos de vida de Celestino, período marcado por reflexões sobre o passado e a iminente chegada da morte. O tempo no romance é não linear, entrecortado por lembranças e devaneios.

Importância da obra: A obra propõe uma reflexão aguda sobre a passagem do tempo e a complexidade da consciência humana, tornando-se uma leitura rica e instigante para quem busca entender os dilemas morais e existenciais que a literatura pode explorar, notadamente os temas como justiça, redenção e culpa.