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Fuvest: Os ratos
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Autor: Dyonélio Machado
Movimento literário: Modernismo – segunda fase, Neorrealismo
Autor: Dyonélio Tubino Machado (1895-1985), nasceu em Quaraí, Rio Grande do Sul. Foi escritor, psiquiatra e jornalista.
Movimento Literário: Modernismo – segunda fase, Neorrealismo.
Estilo: A linguagem é direta, composta de frases curtas e dinâmicas, que mimetizam a velocidade da ação narrativa, bem como a sensação de vertigem que acomete o personagem principal.
Os ratos (1935): O enredo ocupa-se com um dia “terrível” na existência de Naziazeno Barbosa, funcionário público pobre, pai de família, casado e acossado por uma existência miserável. O drama gira em torno da dívida 53 mil-réis para pagar o leiteiro, um débito já protelado algumas vezes. A partir dessa motivação, o personagem sai pela cidade desesperado para conseguir a importância.
Alguns personagens (1935):
- Naziazeno Barbosa: humilde funcionário público, acossado pela miséria.
- Adelaide: dona de casa, esposa de Naziazeno, também arrasada pela penúria.
- Mainho: filho de Naziazeno e Adelaide, passou recentemente por uma doença, que fez com que seu pai pedisse dinheiro ao Dr. Romeiro.
- Dr. Romeiro: diretor da repartição onde Naziazeno trabalha. Já havia emprestado dinheiro para o protagonista em outra ocasião.
- Dr. Mondina: rábula endinheirado; empresta o dinheiro para Naziazeno pagar a sua dívida.
- Rocco, Fernandes e Assunção: agiotas. Representam a realidade sórdida dos empréstimos escusos.
- Alcides: amigo de Naziazeno, solidário ao drama vivido por ele.
- Duque: outro amigo de Naziazeno, prático em resolver problemas financeiros.
- Fraga: vizinho de Naziazeno, com vida remediada.
- Costa Miranda: amigo de Naziazeno que lhe deu cinco mil réis para o almoço.
- Martinez: dono da loja de penhores onde Alcides havia penhorado um anel.
- Dupasquier: dono de uma joalheria que rejeita o penhor do anel de Alcides.
Tempo: Cronológico e linear em um único dia, bem como psicológico, ou seja, reflete a interioridade da personagem em suas memórias e reflexões.
Espaço: Porto Alegre, Brasil.
Importância da obra: Os ratos merece um lugar especial no mundo dos jovens leitores do século XXI, pois, guardada as devidas proporções, o panorama de dificuldade de sobrevivência, quase um século depois, ainda segue bastante similar. Além disso, as estruturas de dominação e opressão, como a presença de agiotagem e corrupção, ainda integram o cenário do Brasil, bem como o empobrecimento cotidiano das classes operárias do país.