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Unicamp: Carta De Achamento A El-Rei D. Manuel - Curso Etapa

Carta De Achamento A El-Rei D. Manuel - Curso Etapa

Carta De Achamento A El-Rei D. Manuel - Curso Etapa

Autor: Pero Vaz de Caminha

Movimento literário: humanismo Português. Iniciador do Quinhentismo Brasileiro.

Autor: Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada Pedro Álvares Cabral. Nobre e educado, versado em retórica, seria o primeiro escrivão da feitoria de Calicute, onde faleceu em 15 de dezembro de 1500.

 Movimento Literário: Humanismo Português. Iniciador do Quinhentismo Brasileiro.

 Estilo: Claro e direto, com presença de arcaísmos. Epistolografia, gênero literário de conteúdo sapiencial e novo. Remetente: Caminha, que se apresenta em primeira pessoa de forma humilde. Destinatário: o rei, D. Manuel; de forma mais ampla, a corte.  Apresentação progressiva do tema, repetindo assuntos, mas sempre apresentando dados novos.

 Estrutura: Apresentação dos eventos por data de ocorrência, em especial o período de 21 de abril até 1º de maio de 1500. Grandes temas, como o retrato do nativo, são constantes na obra e são sempre retomados e ampliados, com a apresentação ode mais detalhes. Por exemplo, os primeiros nativos são sete ou oito homens nus (23 de abril). Em outros encontros há mais nativos presentes e Caminha repara o tembetá, adorno labial. Progressivamente novos elementos são apresentados, como a pintura corpora, a alimentação, a dança, etc.

 Personagens: O próprio Pero Vaz de Caminha, que narra em primeira pessoa e conduz a exposição. Pedro Álvares Cabral e Nicolau Coelho, capitães, responsáveis pela frota e pelo primeiro contato. Frei Henrique, padre da expedição, reza duas missas na nova terra. Diego Dias dança com os nativos, um grumete dá uma presa de javali para o nativo. Degredados como Afonso Ribeiro, tentam investigar a vida dos nativos. Os nativos nunca se repetem, são sempre muitos e novos. 

Importância da obra: Registro mais remoto sobre o Brasil. Primeiro contato de portugueses e nativos. Fascinação mútua. Dados sobe a natureza brasileira e o nativo. Presença de análise de elementos econômicos, vendo o Brasil como fonte de reabastecimento de água e madeira, terras férteis e sonho de encontrar metais. Grande estranhamento cultural, pois, além de portugueses e nativos não se compreendem, não parecem compartilhar elementos culturais, como marcas que manifestam a autoridade e o poder dos indivíduos. A nudez é perturbadora, pois não apresenta paralelos em outras partes do mundo conhecido. Elementos religiosos: Os portugueses não percebem que os nativos possuem um sistema religioso distinto. Sem sinais claros, entendem que os nativos não têm religião e seriam facilmente convertidos por respeitarem a cruz e os ritos católicos. Na época, a fé católica dos portugueses entende que a conversão do nativo é o reconhecimento da humanidade do outro. A carta impacta a produção cultural e literária no Brasil, em especial no Modernismo.