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Fuvest: A ilustre casa de Ramires

A ilustre casa de Ramires

A ilustre casa de Ramires

Autor: Eça de Queiroz

Movimento literário: Realismo/Naturalismo

Autor: José Maria de Eça de Queirós (1845-1900), é natural de Póvoa de Varzim, em Portugal. Foi escritor, diplomata e polemista. Considerado uma das mais importantes figuras da literatura lusitana, apresentou uma nova forma à prosa em língua portuguesa. Ao mesmo tempo, seu espírito crítico-analista, ora mordaz, ora saudosista, ora fantasista, é o que melhor consegue captar as contradições mais vivas e os valores mais profundos da vida no país.

Movimento literário: Realismo/Naturalismo.

Estilo: Narração realista com apuro linguístico, diálogos vivos, coloquialismos, frases justapostas e curtas, fluidez, modernidade e rapidez cênica. Do passado romântico, destaca-se a narrativa escrita pelo personagem Gonçalo Mendes Ramires, que inclui discurso retórico e lapidado, frase entrecortada e longa, além de ação heroica e elevada, típica do Romantismo.

A Ilustre Casa de Ramires (1900): Romance em 12 capítulos grafados em ordinais. A narrativa aborda a vida de Gonçalo Mendes Ramires, bem como suas relações familiares e seu círculo social. A base do romance está em dois planos paralelos: feito de heroísmo e tradicionalismo romântico, situa-se o romance histórico escrito pelo personagem Gonçalo Mendes Ramires. O outro, por sua vez, encontra-se a partir de uma abordagem realista da vida contemporânea na província. Do choque entre as duas narrativas surgem temas como carreira política, neocolonialismo, bravura e coragem, além de inúmeras intrigas típicas das pequenas cidades.

Tempo: Romance realista. Narrativa em terceira pessoa, por narrador onisciente, não identificado e ocorrida na segunda metade do século XIX, com duração cronológica de cinco anos. Romance histórico de corte romântico narrado por Gonçalo, novela histórica aclimatada no século XIII, tem como fonte um poemeto épico, O Castelo de Santa Irineia, escrito pelo tio materno Duarte, em 1846.

Espaço: Portugal provinciano e África colonizada por Portugal.

Importância da obra: Constitui-se em um manifesto que visa resgatar o orgulho nacional com base nos valores mais sublimes do povo português, legados por sua tradição cultural e histórica. A narrativa, no entanto, escapa da tradição romanesca do autor, pois tem como ponto de partida uma visão conciliatória com a pátria e um novo sentimento de nacionalidade. Já não se tem o escritor abertamente inconformista, mas o crente que vê na literatura um veículo capaz de restabelecer o orgulho nacional, de restaurar a tradição cultural e histórica de seu país, para reerguer e resgatar o prestígio do povo.